Cadastro Nacional de Adoção já está disponível na internet
postado em 29/12/2011
A partir de agora, o Cadastro Nacional de Adoção está disponível para consulta pelos cidadãos no site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O sistema pode ser acessado no portal da entidade pelo endereço www.cnj.jus.br/cna. Através desse sistema, os interessados podem consultar o número de crianças e adolescentes disponíveis para a adoção em cada Estado e comarca, por faixa etária e raça.
Segundo o portal Adoção Brasil, as informações são atualizadas on-line e alimentadas pelas varas da Infância e Juventude existentes nos tribunais de Justiça pelo país. Até 12 de dezembro, o número de pretendentes chegava a 27.183. E o de crianças e adolescentes aptas a serem adotadas, no entanto, permanece quase cinco vezes menor. São 4.932 à espera de uma nova família. De acordo com o levantamento, apenas 663 crianças e adolescentes foram adotadas pelo Cadastro Nacional de Adoção desde sua criação, em 2008.
Para se ter uma ideia, em Uberaba, por exemplo, apenas três meninos estão aptos à adoção, sendo um com idade entre 6 e 10 anos e dois acima de 15 anos. Já em Uberlândia, existem 36 crianças disponíveis. Por isso, para o advogado Guido Bilharinho, a medida é extremamente positiva e deve facilitar o processo de adoção, muitas vezes demorado. “Os controles necessários vão continuar sendo exercidos, porque não prejudicam em nada. Pelo contrário, enquanto que para os casais que querem adotar e mesmo as crianças aptas a adoção, essa mudança vai facilitar. É uma medida altamente positiva. Esta é uma evolução, porque é preciso realmente facilitar essa comunicação e a informação”, afirma Bilharinho.
Perfil: De acordo com o portal do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no Brasil, a maior parte dos pretendentes a adotar uma criança ou adolescente, que hoje chegam a 10.662 cadastrados, tem entre 41 e 50 anos de idade. Pessoas com 31 a 40 anos compõem o segundo maior grupo de interessados, com 8.529 cadastros. Em terceiro lugar estão aqueles com mais de 61 anos, cerca de 3.461 do total de pessoas registradas no Cadastro Nacional de Adoção (CNA), criado para reunir informações de crianças e adolescentes que esperam por novos pais e de pretendentes, e, dessa forma, agilizar o processo de adoção no país. A maioria dos que desejam adotar reside na região Sudeste, é casada e tem renda entre três e cinco salários mínimos. Mas isso não é suficiente para mudar o retrato da adoção no país.
Fonte: Jornal da Manhã